segunda-feira, 31 de março de 2014

Dia Arciprestal da Juventude

Este Sábado, dia 29, realizou-se mais uma vez o Dia Arciprestal da Juventude. Sob o lema "Cativar-te: Traz um amigo também", os grupos de jovens do Arciprestado de Vagos concentraram-se no largo junto à igreja de Vagos afim de se agruparem para iniciarem a sua caminhada com destino a Sto. António.
(Animação matinal)

Os jovens foram divididos em 6 grupos de Amor para com a Família, Deus, Igreja, Outro, Mundo e Eu (perante a vida e a igreja). Ao longo da caminhada os jovens tiveram diversas dinâmicas em que discutiam o seu Tema, fizeram a sua bandeira e prepararam um pequeno sketch relacionado com o seu tema.
(Um dos grupos - laranja)
 
Após uma longa, animada e produtiva caminhada - não havia cansaço - seguiu-se o bem merecido almoço no pavilhão de Sto. António. Por volta das 2 da tarde, iniciou-se a apresentação dos sketches preparados por cada grupo. Os sketches para além de imaginativos e divertidos, reflectiram bem o tema que cada grupo abordou.
(Apresentação dos sketches)
 
Às 15.30 os grupos rumaram em alegria até à igreja de Sto. António onde à sua espera estavam 3 pessoas que iriam dar o seu testemunho em 3 diferentes áreas. Estiveram a Liliana Ferreira (LMC), que chegou recentemente de Moçambique, e deu o seu testemunho de voluntariado internacional, o Diogo Bandeira, jovem do Arcipreste de Anadia que falou de meios de perseverança, e o Ângelo Valente, membro dos VDR, que falou-nos de voluntariado comunitário. Pode-se dizer que todos estes testemunhos tocaram os jovens pela sua simplicidade, pelo amor sem esperar receber algo em troca.
(Liliana Ferreira)

 
(Diogo Bandeira)
(Ângelo Valente)
 
Findo os testemunhos, partimos de regresso ao pavilhão, onde à nossa espera estavam o Prof. Filipe Tavares e o Prof. Fernando Batista (Sorrisos de Deus). O Prof. Filipe deu-nos uma "liçao" de união e compromisso. Falou-nos da importância da amizade, de uma verdadeira amizade. Fez ver aos jovens que não se dever deitar fora uma velha amizade mas sim cultivá.la e alimentá-la. Fez-nos perceber a importância que podemos ter na vida de cada pessoa e do valor de um simples abraço. O Prof. Fernando falou-nos de dinâmicas de relaxamento, da importância de um sorriso... não só de um sorriso para os outros mas para nós próprios. Para podermos fazer com que os outros se sintam bem e sorriam, temos que primeiro estar bem com nós próprios.
(Prof. Filipe Tavares)
(Prof. Fernando Batista)

Quando se está bem, na companhia de pessoas agradáveis e DELE, o tempo voa, e foi isso que aconteceu à tarde. Quando demos por ela, já eram 19h e tínhamos que jantar e preparar-nos para a Eucaristia das 20.15. O jantar foi partilhado e animado. Alguns jovens contavam peripécias que tiveram nos seus GJs e/ou nas Eucaristias. Podiam falar de outras coisas, mas não, inconscientemente e com alegria falavam das suas vivências como jovens cristãos. Hora da Eucaristia. Uma Eucaristia diferente. Esta contava com a presença do nosso guia espiritual, Pe. Manuel Lopes, e  dos jovens que passaram o dia juntos e em alegria, que reforçaram a sua Fé e que quiseram partilhar com a comunidade de Sto. António esta experiência.
Finda a Eucaristia, hora das despedidas, mas não sei antes da foto de família da praxe e de uns cânticos para animar a malta.
O que é que levamos connosco depois de um dia intenso? Para além do conforto do SEU amor, levamos o sentido do amor e amizade para com quem está à nossa volta, o desejo de partilhar sem pretender receber algo em troca.
Sejam felizes e façam os outros felizes!!

domingo, 23 de março de 2014

Taizé - Uma experiência única e inesquecível

O testemunho da experiência vivida pela nossa Lumen Fidei Rosária Seabra.



Taizé é uma experiência única e inesquecível, difícil de colocar em palavras. É algo que só pela própria vivência pode ser inteiramente descrito e entendido.
Taizé é um lugar que nos permite, primeiramente, refletir, refletir sobre tudo. Refletir sobre nós próprios, sobre as nossas ações, os nossos princípios, sobre os que nos rodeiam, sobre a nossa relação com os outros, sobre a maneira como vemos o mundo e que nos permite, principalmente, refletir sobre Deus e sobre a relação que temos com ele. Porque Taizé de uma maneira inexplicável permite-nos encontrar a paz e o equilíbrio trazendo ao de cima o que de melhor há em cada um de nós, levando-nos a desejar seguir os ensinamentos de paz, amor, perdão, compreensão, respeito que Deus nos trouxe e leva-nos a desejar ter a capacidade de sermos melhores pessoas e de conseguir completar a missão que Deus nos deu de tornar o mundo um pouco melhor. Tendo sempre a certeza de que Ele está connosco e de que nos protege.
No encontro de irmão Roger com os portugueses alguém perguntou qual era, para o irmão, a qualidade que mais caracterizava Taizé. E após refletir sobre a questão respondeu: “A simplicidade”. Tudo em Taizé é um apelo à simplicidade. Quer os próprios espaços, que são desprovidos de grandes confortos, quer as refeições, que não têm qualquer tipo de extravagância ou requinte mas que desempenham a sua função de alimentar. O pequeno-almoço era constituído por chá ou leite com chocolate, um pão, manteiga e duas barritas de chocolate negro. Como não nos era fornecido qualquer tipo de talher tínhamos de a aquecer, primeiro, a manteiga debaixo do chá ou leite e depois com o papel que embrulhava a manteiga ou com uma das barritas de chocolate barrar a manteiga no pão. As refeições do meio-dia e da noite eram constituídas por um prato de massa, arroz, ervilhas, puré ou lentilhas, uma ou duas fatias de pão, queijo, uma peça de fruta (maçã ou laranja), e bolachas. E o único talher que nos era dado era uma colher pelo que descascávamos laranjas com a colher e barrávamos o queijo no pão com o cabo da colher. O lanche era apenas constituído por uma bolacha e chá.
O dia em Taizé começava com Eucaristia às 7:00 horas da manhã (que não era obrigatória). Às 8:15 horas era iniciada a oração da manhã seguida do pequeno-almoço que era iniciado por um rapaz gritando “Good morning everybody it’s time for breakfast” e por um cântico. Às 10:00 horas se não tivéssemos trabalho tínhamos encontro com o grupo de reflexão. Era iniciado por um irmão com a introdução ao tema de uma passagem da bíblia que era posteriormente lida e discutida, depois juntávamo-nos com o nosso grupo de reflexão (os grupos de reflexão estavam organizados por idade, e o meu era constituído por, para além de mim, duas pessoas de Viseu e por cinco de França) e respondíamos às questões que nos eram fornecidas. Às 12:20 horas havia oração que era seguida do almoço. À tarde podíamos ir à aldeia passando pela capela do silêncio ou passear pela comunidade e visitar o jardim do silêncio, o Oyak (pequeno bar), assistir aos workshops, ou conviver com as outras pessoas. Quem tinha encontro do grupo de reflexão de manhã, tinha o trabalho à tarde. O meu trabalho era das 16:00 às 18:00 horas e tinha como função garantir que as pessoas faziam silêncio no Jardim do Silêncio e de fechar o Jardim, indo entregar a chave à La Morada. O lanche era das 16:30 até às 15:30 horas. Às 19:30 era o jantar e às 20:30 horas era a oração da noite.
As orações de Taizé são iniciadas com alguns cânticos e depois é lida uma passagem da bíblia, seguido de um momento de silêncio e é finalizado com mais alguns cânticos. A oração mais intensa era a oração da noite. Era a oração que fazia todos os nossos sentimentos vir ao de cima pelo que era frequente ver alguém a chorar.
Taizé é um lugar que apela à simplicidade, ao convívio, à partilha e ao encontro de nós mesmos e de Deus. É um sítio maravilhoso que desperta em nós o desejo de repetir a experiência vivida e de conseguir trazer, para o nosso dia-a-dia, todos os bons sentimentos e conhecimento que obtivemos em Taizé.